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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

25 lições de vida preciosas que não aprendi na escola

Gosto muito de escrever. Viajo nas palavras, projetando o cenário imaterial na minha imaginação que não cessa de criar. Respeito todos que gostam também de escrever. Li e achei pertinente um texto de André Camargo que vem de encontro com a realidade experimentada por muitos de nós. Trouxe, com a permissão dele, prá meus amigos e amigas também se encantarem com o texto. Dê sua opinião.

25 Lições de Vida Preciosas que não Aprendi na Escola
Publicado em 19 de setembro de 2016
André Camargo   (Psicologo, Escritor e Criativo Digital apaixonado por processos de Busca e Transformação)

Viver é muito perigoso.
Porque ainda não se sabe.
Porque aprender-a-viver
é que é o viver, mesmo.
                                                        João Guimarães Rosa


Eu cresci entre a segunda metade dos anos 70 e o começo dos 80. Bons tempos! A gente assistia ‘As Panteras’, ‘Chips’, ‘O Elo Perdido’ e ‘Sítio do Picapau Amarelo’.

Também tinha ‘Os Trapalhões’, Xuxa, Balão Mágico e Menudo, que é melhor nem comentar. No domingo, era Silvio Santos o dia inteiro. À noite, já tingido pelo clima da segunda, Fantástico, o show da vida.
Mais tarde, a gente ouvia RPM, Titãs, Kid Abelha, Blitz, Ultraje a Rigor, Paralamas, Legião. Vimos surgirem o telejogo Philco, o Atari e o Odissey, e jogamos Pac-Man, Super Mario Bros, Enduro, River Raid e Donkey Kong.
Não existia internet.
Andávamos de Fusca, Chevette (GM) e Corcel (Ford). Passávamos as férias no Rio de Janeiro, em Sorocaba ou em Caraguá.
Meu pai se orgulhava de sua máquina fotográfica, a clássica Olympus Trip 35, e depois fazia uns slides que a gente assistia projetados na parede, com a luz apagada. Aquilo era uma coisa meio mágica.

Minha memória não é nada boa. Eu me recordo da infância em flashes embaçados amalgamados a fotos, slides e histórias da família que contaram sobre mim.
Mas eu sei que foi assim, aquela época: eu era querido entre as crianças, as professoras, nossos familiares, os pais dos meus amigos e os amigos dos meus pais, uma criança inteligente e afetuosa, arrojada, responsável e comunicativa, que sempre tirava notas altas na escola, era bom de futebol e conquistava medalhas no judô. Aquele era o meu mundo e nele eu prosperava.
Os primeiros sinais de mudança sobrevieram mansamente, como nuvens de chumbo na periferia da visão. E eu não percebi.
Primeiro as meninas, depois os meninos, todos cresceram.
Vieram os bailinhos com música lenta, ao som de George Michael, Donna Summer e, alguns anos mais tarde, Your Latest Trick, do Dire Straits.
Mudaram os interesses, as brincadeiras, as piadas, os rituais, a voz e o corpo. De repente as paqueras, dançar coladinho, os primeiros beijos e namoros, enquanto eu seguia estranho a tudo aquilo, baixinho, meio gordinho e de óculos quadrados, usando um corte de cabelo escolhido pela minha mãe.
Descobri que quando todos os seus amigos estão virando adolescentes, uma criança fofinha é a pior coisa que você pode ser.
Então me vi mergulhado em um universo cujas leis não compreendia. Minhas piadas não funcionavam mais e não tinha ninguém com quem eu pudesse conversar sobre me sentir estranho, triste e sozinho. Afinal, eu era um menino que não dava trabalho, ganhava medalhas e sempre tirava notas altas.
Minha estréia na puberdade foi tipo ser arrancado do sofá de casa por uma pinça cósmica e arremessado na órbita de Saturno. Onde ainda passaria um bom tempo.
De lá para cá, muita água rolou por baixo da ponte. Hoje eu tenho dois filhos e aprendi com a vida umas coisas que fiquei a fim de compartilhar. Espero que, de algum modo, sejam úteis para você.

1.      De uma hora para outra, tudo muda. E quando tudo muda, não tem como voltar atrás.

2.      Todo ser humano precisa aumentar sua familiaridade com os próprios sentimentos e aprender a falar sobre eles.
Em contrapartida, todo ser humano precisa aprender a ‘escutar’ os sentimentos das outras pessoas.
É assim que nos tornamos… humanos.

3.  Se pretendemos amadurecer, precisamos reconhecer quando temos reações infantis para poder examiná-las à luz do que já vivemos e aprendemos desde que deixamos de ser crianças.

4.  Com frequência, não são os outros que rejeitam você; é você que tem dificuldade de enxergar valor em si mesmo/a.
Aí acaba provocando rejeição.

5. Se você sente vergonha de quem é, isso não quer dizer que você não é bom/boa o bastante; é provável que, em algum período importante do começo da sua vida, você não tenha recebido a atenção e o cuidado de que precisava.
Quando viramos adultos, no entanto, já era: a gente precisa aprender a lamber as próprias feridas.

6. Diferentes tipos de terapias, psicanálise, psiquiatria e caminhos espirituais podem ajudar muito pessoas em sofrimento.
Com frequência, porém, as pessoas que mais precisam de ajuda são as que acham que não precisam.

7. Há mudanças na vida que talvez levem muito, muito tempo e exijam muita perseverança para acontecer.
As coisas podem não mudar tanto quanto você gostaria, nem na velocidade que você gostaria.
Mas, quando se trata de quem você é e da sua contribuição para o mundo, mesmo pequenas mudanças podem fazer toda a diferença.

8. A relação mais íntima e importante que você pode ter é com você mesmo/a. Nem com seus pais, irmãos e filhos, nem com seu parceiro/a ou melhor amigo/a. Com mais ninguém.
Paradoxalmente, uma relação de intimidade consigo mesmo/a aproximará você do mundo e das pessoas mais que qualquer outra coisa.

9. Se o seu navio naufragou à noite em meio a uma tempestade e você está sozinho/a com frio no mar escuro, flutue. Aguarde.
Se está tudo ruim na vida, foque apenas em continuar respirando.

10. Se você, ou qualquer outra pessoa, é arrogante e se acha superior aos outros, isso é um lance inconsciente compensatório, que encobre os sentimentos verdadeiros.
Se você ou outra pessoa se diminui diante dos outros e se considera inferior, isso também é uma forma de arrogância. Ou de desespero.
Em qualquer caso, o melhor é uma atitude de genuína compaixão com quem precisa lidar com sentimentos amargos de insegurança e baixa auto-estima. Inclusive se essa pessoa for você.

11. Tornar-se adulto/a é algo mais que completar 21 anos. Pode acontecer a qualquer tempo — ou nunca.
A porta de entrada para o mundo adulto é deixar de se comportar como vítima, chamar a responsa e tomar a vida nas próprias mãos.

12. Com frequência, as coisas só vão fazer sentido muito tempo depois. Deixe sua história de vida falar.

13. Quando um ambiente ou uma relação só traz à tona o que você tem de pior, melhor sair fora.
Duas pessoas agarradas uma à outra em desespero juntas se afogam.

14. Você não pode ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada. Isso inclui você mesmo/a.

15. Se você sente que o que está fazendo não tem nada a ver com você, pare. Vá fazer outra coisa.
Poucas coisas são tão desesperadoras quanto desistir de si mesmo/a.

16. Com frequência, o modo como as pessoas te tratam não tem a ver com o que pensam a seu respeito, mas com a história de vida delas e com o que está acontecendo com elas naquele dia.
Para o bem ou para o mal, você não é o centro do mundo de mais ninguém.

17. Com frequência, o que você acha que as pessoas pensam e sentem a seu respeito é o que você pensa e sente a seu respeito.

18. Mesmo que só dê merda, melhor ser quem você é, fiel a seus sentimentos e necessidades, do que tentar agradar ou imitar os outros.
Quando deixamos de nos proteger por trás de máscaras, permitimos que o atrito com a realidade nos transforme. Ainda que a gente passe um tempo em carne viva.

19. Se você estiver numa balada psicodélica, olhar para o lado e achar que todo mundo está olhando para você, aí de repente o rosto das pessoas começa a derreter e elas começam a se transformar em monstros, não saia correndo desesperado/a atrás da ambulância, certo de que ela é um portal entre dois mundos. Procure respirar lenta e profundamente.
Em algumas horas, o efeito passa.

20. Se estiver se sentindo arrasado/a, você experimentará o lugar mais bonito como o inferno. Se estiver bem com você mesmo/a, qualquer cantinho sujo será o paraíso.

21. Do mesmo jeito, você pode ter muito dinheiro e se sentir péssimo ou, ao contrário, ter pouco dinheiro e se sentir bem.
Mas não se engane: por mais que dinheiro, em si, não traga felicidade, uma sensação de segurança material e financeira, no nosso modelo de sociedade, costuma ser decisiva para que você respire em paz.

22. Tem muita coisa na vida que não dá para mudar, por mais determinados que sejamos. Sempre é possível, porém, mudar o modo como vemos as coisas.
O passo decisivo é aprender a trocar de narrativa.

23. Nosso corpo precisa de nutrição saudável, repouso e atividades físicas.
Do mesmo jeito, nossa mente necessita de atividade (treino da atenção), alimentação saudável (conteúdo e relações enriquecedoras), descanso (sono, meditação) e play (brincadeira, aventura, criação, jogo, fruição e faz de conta).

24. Se você não aprende a lidar com as diferenças nem a investir nas relações mesmo quando mergulham em períodos sombrios, cedo ou tarde, vai começar a se sentir muito só.

25. A porta de entrada para o caminho espiritual é compreender que essa pessoa que somos, com sua história de vida, com todos os seus sentimentos, desejos, medos, fantasias e sonhos de felicidade, também vai morrer.

E aprender a viver com isso.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bela Manhã ( Texto de Carminha )

Meu pensamento voa no imaterial, mais uma vez.
Passa por entre as folhas e galhos erguidos naquela frondosa árvore.
Observa o bailado das folhas tocadas, suavemente, pelo vento desta linda e ensolarada manhã.
Não busca nada e se distrai com a singela e bela paisagem do lugar.
Um matiz de verde sem condições de cópia. O que deve deixar o artista alerta por aproximar desse tom que tem vida.
Mas olhem isso: um pássaro pulando naqueles galhos mais finos.
Busca alimento, se protege do sol, parou de voar para descansar?... Não sei ao certo.
Provavelmente seu canto seja um louvor ao Criador. Uma manifestação de agradecimento pela natureza e sua exuberância.
A buzina acionada naquele veículo despertou-me do lugar.
Quebrou a sintonia chamando-me para outro cenário: o da via pública.
Só me resta seguir em frente de volta prá casa.
E a natureza continuará seu espetáculo. Que vejam quem tem olhos sensíveis para ver.

sábado, 10 de março de 2012

Simplesmente... ( Texto de Carminha Cota )

Olhar para o céu, penetrando além das densas nuvens, trazendo para si a sensação do silêncio forte e ao mesmo tempo sentir ecoando na alma uma quietude indefinível...
Que ambiente único!
Que sensação nova!
Capaz de despertar na imaginação quadros geográficos do espaço imaginável.
Mais uma contribuição para a sensibilidade ali experimentada.
Oh brisa que desperta o Ser para a realidade... impregnando nas narinas o cheiro verde da natureza presente...
Extrai-se daqui uma nova aventura.
A aventura de viver simplesmente.
Que maravilha!...

Dia a dia   ( Texto de Carminha Cota )

Na conduta diária do Ser em sua caminhada evolutiva, diversos quadros vão se figurando ante seus olhos, desafiando postura com certo tempo para cada ação.
A impermanência das situações arrancam sentimentos de matizes variados, como a ofuscar velhos aprendizados.
A vida cotidiana tende a modificar as reações do Ser, criando campo para cada atuação, formando novas opiniões acerca dos obstáculos que surpreendem e fortalecem as experiências.
Nada como um dia após o outro...

sexta-feira, 9 de março de 2012

De Pés Descalços ( texto de Carminha Cota )


Deitada na relva da imaginação, diviso ao longe o imaterial inerte no infinito das possibilidades.
Calço minhas mãos hábeis de projetos direcionados ao sucesso.
Num vai e vem dos pensamentos, o auxílio vem em forma de discernimento.
Já não há mais tempo para os erros e a felicidade urge nas entranhas das oportunidades.
O tato trafega na matéria, deixando no ar o drible das explicações.
Tonturas tiram o corpo do lugar, dando a sensação de dar um passo impensado.
O verbo se confunde com as expressões que já não se quer mais articular.
E o silêncio, absoluto senhor do afastamento dos fatos, cria na mente algo quase que um sonho, se não fosse pela intenção de se buscar ideais realizáveis.
Fatos, atos, reações... E o prosseguir torna-se mais definido.